O outro lado da lua

sábado, abril 09, 2005

Desilusão

De repente, o silêncio torna-se insuportavelmente longo, porque as palavras são apaziguadoras da alma...
De repente os tectos começam a cair e as paredes a ceder... dando lugar à luz, aquela que fere o olhar e que destrói ilusões... mas mantenho-me com os olhos bem fechados, porque é difícil aceitar que os nossos tectos são feitos de vidro e nossas paredes de ausência...
De repente, apercebo-me que não devo lutar mais contra a corrente... vale mais deixar-me ir ao sabor das ondas, porque dessa maneira estarei a lutar por mim mesmo...
De repente, deparo-me com a certeza de que devia seguir em frente sem olhar para trás... só não sei se serei capaz de romper as cordas que me prendem ao tempo...