Num mundo longínquo (3)

Torms decidiu então buscar ajuda junto do grande mestre da luz, Crovid. Foi ter com ele à sua casa no pico da montanha e contou-lhe o que havia sucedido, desde a sua ilusão até ao seu arrependimento e finalmente a sua vontade de querer repor as coisas no seu devido lugar. Crovid, muito sabiamente perguntou-lhe o que realmente tinha aprendido com toda esta situação, onde ele achava que tinha errado e que lições tirava disto tudo. Torms pensou durante muito tempo, pensou e continuou a pensar... ele sabia onde tinha errado, mas ainda não conseguira perceber a essência da sua aprendizagem. Tudo tinha acontecido muito rápido, ainda não houvera tempo suficiente para integrar tudo aquilo que ele sabia que estava no seu interior, tudo aquilo de bom que tinha encontrado dentro de si... afinal se calhar a luz que se apagara teria sido a sua e não a daquele cristal misterioso; seria preciso reflectir antes de responder a Crovid. Este, percebendo a sua dúvida e a sua indecisão disse-lhe:
-Torms, vai para casa... procura encontrar-te a ti mesmo. Só assim, perceberás o porquê de tudo isto... afinal os desígnios de Deus são invisíveis aos olhos dos homens. Nesse momento, volta a procurar-me.
E Torms assim fez...