É curioso quando nos deparamos com os nossos medos... parece que não somos nós que estamos lá, mas sim completos estranhos de nós mesmos. As palavras não saem, e então falamos através do nosso corpo... os suores, as dores de barriga, as dores de cabeça, o enjoo, a sensação da cabeça andar à roda... enfim, e para quê?
Infelizmente eu padeço desse mal...e pior ainda, não percebo o porquê... porque na verdade sei que não faz qualquer sentido andarmos presos aos medos a vida inteira, acorrentados a ideias desconexas que estabelecemos de nós mesmos e que não correspondem, nem de longe, nem de perto ao nosso verdadeiro eu... à nossa essência... Que vai passando cada vez mais despercebida nos dias de hoje... Já ninguém tem tempo para se preocupar com o outro... é sempre eu, eu e eu... é sempre mais, mais e mais... e enfim, vamos sendo cada vez mais fortemente arrastados nesta corrente de egoísmo, de medos infundados, de solicitação permanente... e depois o que resta? Não é de admirar que cada vez mais haja mais pessoas deprimidas neste mundo... porque olham em redor e veem que nada faz sentido...
Por isso, talvez valha a pena fazer com que as coisas façam sentido, talvez valha a pena lutar por algo de melhor dentro de nós mesmos... algo que nos desperte deste entorpecimento em que caímos...