O outro lado da lua

quarta-feira, julho 13, 2005

Renascer das cinzas...

E pensar que tudo é efémero nesta vida... Uns dias ganhamos, uns dias perdemos, uns dias não existimos, outros dias somos os donos do mundo; Um dia temos tudo, no outro não resta nada... Tudo é dizimado num sopro mais forte do vento.
E só, quando de repente ficamos sem chão, é que nos apercebemos da fragilidade da vida, que pode desaparecer de um momento para o outro; é que nos apercebemos daquilo por que vale a pena lutar; é que nos apercebemos que os olhos eram cegos, os ouvidos surdos e o pensamento inerte...
É então tempo retomar cada sopro de vida que foi ficando para trás em cada desalento; é tempo de combater o pessimismo, a prostração, o ódio, a maldade; é tempo de nos insurgirmos contra o que é fútil e banal...
Se em cada momento de tristeza, de derrota, de desânimo, nos lembrarmos de que o mais importante não é a queda, mas sim o que fazemos depois de cair, talvez assim, possamos renascer das cinzas...