O outro lado da lua

quarta-feira, outubro 12, 2005

Parabéns Ilmita!

Olá Amiguita! Aqui estou eu mais uma vez para dar um elogio a mais uma pessoa e, neste caso, uma menina (mais velha do que eu, mas que não deixa de o ser) muito especial. Muitos parabéns! É suposto que este seja um dia especial, mas acima de tudo espero que os dias que virão sejam sempre cada vez melhores. Não percas esse bonito brilho que tens, essa sensibilidade que te caracteriza e ao mesmo tempo aquela força e determinação que te fazem prosseguir de modo a tentares alcançar os teus objectivos.
Também te quero agradecer pelas palavras amigas, pela companhia, pelo apoio que me deste e pela alegria que partilhas comigo e com todos os que te rodeiam. Continua... Não tenhas receio de ser quem és, porque o que nos torna especiais é sermos exactamente como nós mesmos: únicos na nossa essência.
Por outro lado quero que saibas que sempre que precisares de alguma coisa (excepto um atestado médico), eu estou aqui, mais não seja para te fazer companhia nas idas ao cinema.
Mais uma vez, e sei que já estou a ser muito repetitiva com as pessoas, mas penso que é essencial: Não desistas das tuas ambições; é a nossa força, a nossa persistência e o nosso empenho que nos impulsionam para novos horizontes.


Imagem de sensibilidade
Luar que perpetua na escuridão
Mar sereno, doce canção ...
Idealizas a felicidade,
Tens contigo a vastidão
Amiga do coração!

"Existia, e ainda existe
Um certo beco na Lapa
Onde assistia, não assiste
Um poeta no fundo triste
No alto de um apartamento
Como no alto de uma escarpa.

Em dias de minha vida
Em que me levava o vento
Como uma nave ferida
No cimo da escarpa erguida
Eu via uma luz discreta
Acender serenamente.

Era a ilha da amizade
Era o espírito do poeta
A buscar pela cidade
Minha louca mocidade.
Como uma nave ferida
Perambulando patética.

E eu ia e ascensionava
A grande espiral erguida
Onde o poeta me aguardava
E onde tudo me guardava
Contra a angústia do vazio
Que embaixo me consumia.

Um simples apartamento
Num pobre beco sombrio
Na Lapa, junto ao convento...
Porém, no meu pensamento
Era o farol da poesia
Brilhando serenamente.

Vinicius de Moraes